domingo, 6 de março de 2011

(maria teresa crawford cabral)

Tiras e Barbantes

Lábios de louça, 
olhos cor de mel
Vida vazia
Noite escura, chuva fria
As horas que passam
O tic tac do relógio
O dia que não chega
O sol que não nasce
O rio que não corre
para lugar algum.
Pessoas cheias
de vida vazia
Guerra ao léu
Trapos ao vento
Um monumento
O céu vazio
A morte tão gélida
Porta aberta
Para lugar algum.
Lábios de mel
 O som que vem
de lugar algum.
Vida vazia
sem movimento
Cheiro de um corpo
em movimento
Coração à pulsar
Poupando o fôlego
Engole a seco
Discórdia alheia
Ganância de outro
Ódio semeia 
Vida vazia
O  amor mais puro
O coração mais valente
O sorriso mais belo
de lábios de louça
Olhos de mel
(Grazi Macedo)

Nenhum comentário: