terça-feira, 7 de dezembro de 2010


Sonhos Roubados

Maria Gadú


Eu sou escravo de sonho
arca imensa armadilha
Ao meu caminho eu que faço
sou eu que traço essa trilha
A minha esperança eu invento
Sempre em movimento
Não tem parada pra mim
não tem nem lamento
é bom ficar ligada
a vida é tudo ou nada, e não tem talvez
vai pedalando a sua lucidez
vai nessa levada
e não vai ter uma outra vez

Ninguém vai me dizer
como devo me virar
...

Teto de Vidro


Pitty



Andei por tantas ruas e lugares
Passei observando quase tudo
Mudei, o mundo gira num segundo
Busquei dentro de mim os meus lares
E aí, tantas pessoas querendo sentir sangue correndo na veia
É bom assim, se movimenta, tá vivo
Ouvi milhões de vozes gritando
E eu quero ver quem é capaz de fechar os olhos
E descansar em paz...
Quem não tem teto de vidro que atire a primeira pedra...
Na frente está o alvo que se arrisca pela linha
Não é tão diferente do que eu já fui um dia
Se vai ficar, se vai passar, não sei
E num piscar de olhos lembro tanto que falei, deixei, calei
E até me importei mas não tem nada, eu tava mesmo errada
Cada um em seu casulo, em sua direção, vendo de camarote a novela da vida alheia
Sugerindo soluções, discutindo relações
Bem certos que a verdade cabe na palma da mão
Mas isso não é uma questão de opinião
Mas isso não é uma questão de opinião
E isso é só uma questão de opinião...